Mudanças na Carteira Smallcaps


O mês de outubro marcou um período de grande oscilação nos mercados acionários internacionais. Investidores e administradores de fundos (nacionais ou estrangeiros), precisando de liquidez, são obrigados a vender ações a qualquer preço, sem se preocupar com os fundamentos das companhias.

É o cenário ideal para comprar ações de empresas que vários agora estão se desfazendo por até 10% do preço inicial nas ofertas públicas. É importante ter aquela reserva financeira especialmente guardada para estes dias que, cedo ou tarde, sempre chegam. O mercado se comporta em ciclos e, no atual, predomina o pânico, em contraste à euforia vivida ainda neste ano.

Faça sempre a análise multimercado e aumente a participação na bolsa por etapas, aproveitando cada momento de desespero. Como a insanidade também não tem data para acabar, jamais entre de uma vez só no mercado de ações. Os dias em que o pregão é obrigado a ser interrompido por quedas superiores a 10% são os melhores para escolher as grandes liquidações. Muitos ativos, em uma semana de alívio, subiram mais de 50% em relação ao preço mínimo do pânico, como foi o caso de PINE4, POSI3, BICB4, etc...

Começamos agora a temporada de balanços que vai até metade deste mês. Fique atento às grandes oportunidades que vão surgir e lembre-se que em muitos casos o lucro não se manterá tão robusto dada as novas condições de mercado. Isto não significa, no entanto, que as empresas valem apenas algo como um P/L abaixo de 2 e dividendo pago nos últimos 12 meses superiores a 20%. Aliás, os primeiros balanços, especialmente do setor bancário, mostraram que o pessimismo muitas vezes é bastante superior à realidade.

A carteira Small Caps tem mudanças para novembro:

Saem os ativos: HBTS5, LUXM4 e RSUL4. Seus pares no mercado caíram muito e ficaram mais baratos. A HBTS5 tem como grande trunfo a participação na Celulose Irani. O aumento do dólar deve impactar a dívida da empresa e levá-la ao prejuízo, no curto prazo.

A LUXM4 manteve-se com as cotações inalteradas, apesar dos poucos negócios. Os ativos na bolsa do setor de logística e de negócios com papel e celulose, que são as principais participações da LUXM4, estão bem mais baratos atualmente, após despencarem de preços.

A RSUL4 continua se expandindo, mas foi uma das poucas do setor de veículos que também não despencou, o que tornou as demais opções mais baratas.


Entram os ativos: CEBR3, TGMA3 e CTAX4.

CEBR3, Empresa de energia de Brasília, que tem se reestruturado e voltou a apresentar lucros. Negocia com P/L 0,95 (algo impensável há 6 meses) e P/VPA 0,30. Faz tempo que não paga dividendos, mas os prejuízos acumulados vão sendo superados. Apesar de parte do lucro ser não recorrente, a cotação está atrativa para posicionamento.

TGMA3, empresa do setor de logística rodoviária. Tem como principal atividade o transporte de veículos por meio das famosas “cegonheiras”. Deve ter o desempenho afetado a partir do último trimestre deste ano em razão da diminuição do ritmo de vendas de veículos. No entanto, os P/L 5,6, P/VPA 0,93, DY 14,6% e o caixa líquido superior a R$ 120 milhões ao término do segundo trimestre, fazem com que a empresa seja uma opção interessante para diversificação.

CTAX4, empresa de Call Center, que tem evoluído bastante em termos de lucratividade e crescimento. Divulgou um ótimo resultado trimestral recentemente. Negocia com P/L 5 e P/VPA 1,38.


Os demais ativos ficam mantidos e serão avaliados após os balanços trimestrais. Faça sempre uma checagem das informações que recebe para verificar se efetivamente vale a pena fazer os investimentos e aja de forma prudente, comprando de forma inteligente para maximizar o retorno de longo prazo da sua carteira de ações.



Fonte: ADVFN

Veja também