Novos ativos para a Carteira Small Caps, que obteve valorização de 8,09% em Janeiro.



A carteira small caps rendeu 8,09% no mês de janeiro de 2009, desempenhando 3,43% acima do índice Bovespa e bastante superior à variação do índice IBX2 (-0,9%) e Small Caps (0%). Neste mês, houve aumento generalizado nas ações do setor de bancos médios, recuperando parte das fortes perdas ocorridas durante o ano de 2008. Os bancos Pine (45,56%), Bic Banco (44,48%) e Banese (13,53%) tiveram participação decisiva no resultado da carteira. Ainda no campo positivo, destaque para as valorizações do segmento de energia elétrica (CEBR3, 33,33%), fertilizantes (FHER3, 23,31%) e logística (TGMA3, 26,89%).

Pelo lado negativo, as ações de companhias menores do setor de construção civil continuam “derretendo” no mercado. Brascan, embora seja inclusive uma consolidadora do segmento, perdeu 19,43%, com a queda ampliada após o anúncio do aporte de capital de R$ 200 milhões, com subscrição de ações a R$ 2,00. A Eztec perdeu 15,32%, e agora vale, acreditem, R$ 92 milhões acima do valor de R$ 200 milhões que tinha em caixa líquido ao final de setembro de 2008. Ou seja, você leva os seus R$ 600 milhões de patrimônio líquido restante por apenas 15% deste valor.

Situações como esta nos fazem sempre lembrar a importância de manter um capital disponível em outras aplicações com risco e oscilações diferentes, uma adequada diversificação e de fazer a montagem de posições ao longo do tempo, aproveitando-se da irracionalidade do mercado. Aliás, é a irracionalidade que justifica a eufórica corrida pelas ações de construtoras quando custavam 3 vezes o valor patrimonial e a aversão agora que estão cotadas a uns 35, 40% do patrimônio líquido. Nos bancos médios, citados acima, alguns perceberam isto, inclusive com compra de ações do Bic Banco por uma grande gestora de fundos que foca também as small caps e com isso tem conseguido retornos de longo prazo superiores.
As ações das demais empresas variaram na banda de – 10% e + 10%.

Para o mês de fevereiro, permanecem todas as ações, até porque as companhias não apresentaram novos resultados e aquelas que terão os já esperados resultados fortemente negativos, impactados pelo câmbio, conforme mencionado nas últimas postagens no blog, possuem preços atraentes conforme a seleção de empresas em situação especial. Lembre-se sempre, é claro, de fazer a posição em ações adequada a estes fatores de risco e manter a diversificação necessária para tanto. Afinal, neste meio estão as ações que sobem 3.000% em 12 meses (case MNPR3) e também aquelas que despencam 90% e um acerto compensa diversos erros.

Incluem-se as seguintes companhias na carteira para fevereiro:

EQTL3: Holding do setor elétrico, com participações na Light, na Cemar e recentemente na Geranorte. Negocia com P/L 4,25, P/VPA 0,89, PSR 0,56 e DY de 13,6%, segundo site fundamentus. Dentro do setor elétrico tem um dos menores múltiplos e demonstra apetite pela expansão. Há boa possibilidade de anunciar dividendos atraentes até o final de abril.
HBOR3: Construtora de menor porte na Bolsa (quando comparada às gigantes do setor), que negocia com P/L 4,24, P/VPA 0,32, PSR 0,40. Tem valor de mercado de R$ 126 milhões e só o lucro acumulado até o terceiro trimestre atinge R$ 43 milhões. Este lucro já garantiria um dividendo mínimo (conforme legislação, 25% do lucro líquido subtraído da reserva legal de 5%) de 8% sobre a cotação atual, a ser anunciado até a assembléia que deliberar o destino do resultado do exercício. Além disso, a quantia de “lucros a realizar” decorrente de unidades vendidas e ainda a construir, é superior ao seu valor de mercado atual.
SULA11: Seguradora que negocia com P/L 4,59, P/VPA 0,79 e tem ROE (rentabilidade sobre o patrimônio líquido) dos últimos 12 meses de 17,2%. Transações recentes realizadas no país avaliaram seguradoras pelo dobro do valor patrimonial.
 

A carteira, então, fica assim constituída:



Por fim, lembre-se sempre de checar todas as informações que recebe e fazer a avaliação prévia das ações para investimento. Esta é a sua maior garantia de que poderá estar fazendo mesmo um bom negócio.
Fonte: ADVFN.

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