Unipar (UNIP6) e Petrobras vão finalizar CPS em junho


Unipar e Petrobras marcaram para o dia 12 de junho a assinatura do contrato de criação da Companhia Petroquímica do Sudeste (CPS), nome provisório da empresa que vai unir ativos das duas partes na proporção de 60% para a Unipar e 40% para a estatal petrolífera. Três dias antes, no dia 9 de junho, a Petrobras realizará uma Assembléia Geral Extraordinária (AGE) para submeter o acordo à aprovação dos seus acionistas.





O vice-presidente da Unipar, Victor Mallmann, responsável pela área de relações com os investidores da companhia, disse ontem que nas últimas semanas foi superado o último obstáculo que impedia a assinatura do contrato, a transferência para os sócios da nova empresa dos débitos da antiga Suzano referentes ao financiamento para a construção da Rio Polímeros (Riopol). O acerto com o Eximbank dos Estados Unidos e com o consórcio de bancos coordenado pela italiana Sace foi feito na primeira quinzena deste mês. Com o BNDES, terceiro credor, a operação já estava acertada.





A criação da CPS foi viabilizada em agosto do ano passado, quando a Petrobras comprou por cerca de R$ 4 bilhões (incluindo dívidas assumidas) a Suzano Petroquímica. O objetivo era reestruturar o setor petroquímico na região Sudeste. Na estratégia da estatal, a CPS é uma etapa essencial para o acordo societário do gigantesco Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um investimento de aproximadamente US$ 9 bilhões cujas obras já começaram, por enquanto, sob responsabilidade exclusiva da Petrobras.





Mallmann disse que a aprovação dos credores da Riopol, da qual a Suzano detinha 33,4%, era obrigatória porque a garantia dos empréstimos são as próprias ações da empresa gasquímica cuja titularidade está sendo transferida. A formação da CPS precisa também ser aprovada pelos órgãos de defesa da concorrência.





Segundo Mallmann, a Secretaria de Defesa Econômica (SDE), do Ministério da Justiça, e a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, já deram pareceres favoráveis. Falta agora o parecer definitivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O executivo disse que o contrato poderá ser assinado em junho e aguardar a ratificação posterior do Cade.





O BNDES, que detinha 16,7% da Riopol, no novo arranjo societário ficou com 25%, exercendo o direito de preferência pelas ações que eram da Suzano, hoje Nova Petroquímica, proporcional à sua parte na Riopol. Está acertado que o BNDES poderá converter suas ações da Riopol em participação na CPS, correspondendo a 6%. As ações do BNDES seriam preferenciais, não alterando correção 60%/40% entre Unipar e Petrobras no bloco de controle.




Fonte: Valor Online


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