A carteira Small Caps rendeu 2,37% no mês de fevereiro, em meio a queda de 2,8% do Ibovespa e 4,9% do índice do seu segmento. No ano, o retorno já supera em quase 9% o Ibovespa e em mais de 15% o recém criado índice Small Caps. As companhias
incluídas no mês de fevereiro tiveram altas mais expressivas, com média
superior a 17%. São elas: EQTL3, 27,71%; HBOR3, 22,5% e SULA11, 3,98%.
Este mês trouxe importantes lições:
Novamente ficou
evidente que os mitos de que “blue chips” são mais seguras e que se
deve sempre buscar ativos com grande “liquidez” que se comportam melhor
na crise foram desmentidos. Como já disse em outras oportunidades: tudo
depende de boas escolhas, embora a maioria do mercado e seus analistas
sigam dizendo todo dia o contrário na imprensa especializada…
A reação aos resultados e as expectativas em torno deles, quando os preços das ações estão deprimidos, geram fortes retornos. Investidores
que enxergam no balanço o potencial de lucro das companhias com
antecedência podem se beneficiar da ineficiência do mercado quando
precifica as ações. Os exemplos mais evidentes neste mês foram
em Equatorial Energia e Confab. A EQTL3 publicou seu resultado anual
com forte lucro e com o anúncio de proventos que atingia quase 25% do
valor que a companhia estava cotada quando ingressou na carteira small
caps.
A CNFB4, por sua vez,
como já antecipado na mudança da carteira small caps em outubro de
2008, visando equilibrá-la ao novo cenário econômico de alta do dólar,
trouxe bons resultados operacionais, e teve o lucro líquido turbinado
pelo fato de ter o seu expressivo caixa denominado em dólar. O ganho no
mês complementou o retorno próximo de 40% desde a indicação para a
carteira small caps.
E ainda com base na
reação aos resultados, a HBOR3 trouxe importante contribuição ao
retorno da carteira, com grande probabilidade de estar reagindo ao
anúncio de boas vendas no quarto trimestre, enquanto o mercado já
precificava o apocalipse. Ainda do setor das construtoras, a EZTC3
diminuiu as perdas no ano, com ganho de 10,55% no mês.
O mês contou também
com a continuidade do bom desempenho das ações do setor bancário, com
Banco Pine e Banese subindo pouco mais de 12%, compensado parcialmente
com a realização de lucros ocorrida no Bic Banco de 9%. No ano, a
cotação das ações do banco Pine lidera as altas com aumento de 64,32%.
Neste mês nenhuma
ação da carteira small caps teve desempenho com queda superior a 10%.
Todas as demais ações não citadas variaram na banda entre – 10% e 10%.
A única mudança para a carteira small caps de março é a saída da Pettenati. Empresa
têxtil que trouxe expressivos retornos superiores a 250% para a
carteira small caps em 2007. Chegou a permitir realizações de lucros
com vendas superiores a R$ 16,00, poucos meses após o ingresso na
carteira por R$ 4,50. No último balanço divulgado, ficou evidente queda
na receita e nas margens operacionais, bem como a informação de maiores
dificuldades no seu projeto de expansão internacional. A
Pettenati teve um estudo no livro Investindo em SmallCaps especificando as razões
que levaram as cotações da companhia a terem o desempenho ocorrido no
ano de 2007.
As demais companhias
permanecem, seja por terem divulgado bons resultados em relação aos
preços atuais (PINE4, BICB4, BGIP4, CTAX4, CNFB4, EQTL3 e SULA11) ou
por ainda não o terem feito. No mês de março saem todos os demais
resultados anuais.
Alerto que o
resultado das companhias Mangels, Heringer, Minerva e Metal Leve devem
vir afetados negativamente por efeitos cambiais, podendo abrir
boas oportunidades de compra com preços ainda mais depreciados. São
ativos que devem ser avaliados conforme empresas em situação especial
atualmente, e o posicionamento, dado os riscos envolvidos, deve ser em
menor quantidade de capital. A relação entre o valor de mercados destas
empresas e o faturamento líquido anual (PSR) é, na seqüência, 0,13,
0,06, 0,06 e 0,26. Ou seja, no máximo têm valor de mercado equivalente
a um trimestre de faturamento. Estão no mesmo pacote que FTRX4, ESTR4 e
WISA4, companhias que possuem patrimônio pesadamente negativo, muito
diferente da situação daquelas, que, apesar do prejuízo cambial
evidenciado até o terceiro trimestre, mantinham liquidez corrente
superior a 1.
Segue a carteira atualizada, com o desempenho anual:
Fonte: ADVFN
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